Transcrição do Noticiário do Exército "Especial", de 24 de maio de 2017
"No dia 24 de maio, comemora-se o Dia da Arma de Infantaria, tão antiga
quanto a própria guerra. Caracterizada, desde o início, pelo combate aproximado,
ela tem evoluído e se mostrado indispensável aos conflitos atuais, comprovando,
assim, o porquê de ser denominada “Rainha das Armas”.
Possuidora de uma rigorosa disciplina e organização, com origem desde
antes dos gregos, com suas falanges, e dos romanos, com as suas legiões, constitui
uma massa organizada. Seu brasão, dois fuzis cruzados com a granada de mão ao
centro, referencia, com a baioneta, às principais armas do infante e remonta à época
em que um batalhão de Infantaria era composto por duas companhias de fuzileiros
e uma de granadeiros.
Essa data foi escolhida em homenagem ao seu Patrono, o Brigadeiro
Antônio de Sampaio. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio e Antônia Xavier
de Araújo, nasceu em uma família humilde, no dia 24 de maio de 1810, em
Tamboril, Ceará. Ainda jovem, aos 20 anos de idade, alistou-se voluntariamente
como praça no então 22º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza, e alcançou, por
mérito, todos os postos da carreira. Sua principal atuação foi na Guerra do Paraguai,
já como Brigadeiro, quando comandou a 3ª Divisão do Exército Imperial, a famosa
Divisão Encouraçada, a qual possuía, em suas brigadas, os tradicionais Batalhões
Treme-Terra, Arranca-Toco e Vanguardeiro. Esses nomes são lembrados, como
forma de homenagem, nas companhias do Curso de Infantaria da Academia Militar
das Agulhas Negras. Durante a Batalha de Tuiuti, a maior batalha campal travada
na América do Sul, Sampaio foi gravemente ferido no dia do seu aniversário.
O militar foi transportado para Buenos Aires, vindo a falecer a bordo do vapor
Eponina, antes de sua chegada à capital argentina. Homem íntegro, destacou-se, principalmente, por cultuar valores, como a tenacidade, a abnegação e o estoicismo.
Por seu exemplo de militar e de cidadão brasileiro, foi declarado, em 1928, Patrono
da Infantaria da Escola Militar do Realengo, por iniciativa do Primeiro-Tenente
Humberto de Alencar Castelo Branco. Posteriormente, foi reconhecido como
Patrono de toda a Infantaria do Exército Brasileiro.
Atualmente, a Infantaria brasileira tem participado de diversas operações
no amplo espectro dos conflitos. De maneira destacada, faz-se presente em
apoio aos órgãos governamentais, com as constantes atuações em operação de
garantia da lei e da ordem nos diversos Estados do País e no combate aos crimes
transfronteiriços e ambientais na extensa faixa de fronteira do território nacional.
Também de forma significativa, atua em operações de pacificação no Haiti, em
apoio ao desenvolvimento nacional e à defesa civil, por intermédio da participação
ativa em ações cívico-sociais em todo o país, distribuindo água aos necessitados,
dentre outras ações.
No Exército Brasileiro, a Rainha das Armas subdivide-se em Paraquedista,
Leve, Blindada, Mecanizada, de Selva, de Caatinga, Pantaneira, de Montanha,
de Polícia do Exército e de Guarda, especializadas em atuar nos seus respectivos
ambientes operacionais e com suas peculiaridades e particularidades. A Infantaria
pode ser encontrada em todos os rincões do território nacional, em virtude de sua
grande diversidade, de sua capacidade de dissuasão, de presença, de mobilidade e
de sua imprescindibilidade em qualquer tipo de emprego da Força Terrestre.
Nobres infantes, espelhem-se em seus heróis do passado, tragam o orgulho
para as gerações futuras, demonstrando os valores de Sampaio incrustados em
todos os integrantes da Rainha das Armas, e mantenham vivo o espírito imortal da
Infantaria!"
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