A Arma dos bravos, que desafia o terreno, que desafia as
adversidades climáticas e que vai de encontro ao inimigo, celebra
sua data máxima.
As vitórias da Infantaria são cantadas e honradas a cada 24
de maio, nas diversas Unidades Militares espalhadas pelo Território
Nacional. Dezenas de milhares de infantes da Força Terrestre
relembram os feitos heroicos daqueles que os antecederam e ecoam
o orgulho de fazer parte da Arma base do campo de batalha.
O 24 de maio faz referência ao aniversário do Brigadeiro Antônio de Sampaio,
patrono da Infantaria, nascido em 1810. Por uma triste coincidência, nesse mesmo
dia, 56 anos mais tarde, Sampaio seria ferido em combate, na Batalha de Tuiuti,
durante a Campanha da Tríplice Aliança, no Paraguai, vindo a falecer em seis de
julho do mesmo ano. Essa batalha, considerada a de maiores proporções já ocorrida
na América do Sul, foi palco dos atos de bravura de diversos heróis da Pátria, sendo
que os exemplos de coragem, de liderança e de ação de comando do Brigadeiro
Sampaio foram considerados decisivos, eternizando-o como o “bravo dos bravos”
de Tuiuti.
Nascido na cidade cearense de Tamboril, oriundo de família modesta, Antônio
de Sampaio traçou marcante carreira nas fileiras do Exército. Tinha 20 anos quando
alistou-se, no então 22º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza. Por mérito, valores e
atitudes, alcançou o posto de Brigadeiro, em 1856.
Teve atuação notável em diversas campanhas de manutenção da integridade
territorial brasileira durante o Brasil Império, como em: Icó (CE), 1832; Cabanagem
(PA), 1836; Balaiada (MA), 1838; Guerra dos Farrapos (RS), 1844-45; Praieira (PE), 1849-50; Combate a Oribe (Uruguai), 1851;
Combate a Monte Caseros (Argentina), 1852
e Tomada do Paissandu (Uruguai), 1864.
Em seu fatídico dia, Sampaio estava à frente da 3ª Divisão
Imperial, a Divisão Encouraçada, quando três ferimentos o tiraram
de combate. Sua morte ocorreu a bordo do vapor Eponina, a caminho
do hospital brasileiro, em Buenos Aires.
Os herdeiros dos valores de Sampaio labutam, diuturnamente,
nos exercícios e nas operações, nos mais longínquos rincões do País. As
Unidades de Infantaria especializaram seus meios e recursos conforme destinações
específicas, para melhor aplicarem o poder militar disponível. Os quarteis de Infantaria
Motorizada, Blindada, Mecanizada, Paraquedista, Leve, de Selva, de Montanha, de
Caatinga, de Fronteira (Pantanal), de Caçadores, de Polícia do Exército e de Guarda são
exemplos da versatilidade da Rainha das Armas, que recebe esse título em referência à
rainha do tabuleiro da guerra, que se move em todas as direções.
As ações da Infantaria caracterizam-se pelo fogo, movimento e combate
aproximado, tornando-a imprescindível no conflito em amplo espectro e nas situações
de guerra e de não guerra.
No exterior, os infantes brasileiros também foram exitosos nas
batalhas da Divisão de Infantaria Expedicionária, na Itália, por ocasião
da 2ª Guerra Mundial. Tiveram, também, substancial importância para
o sucesso do componente militar da Missão das Nações Unidas para
Estabilização no Haiti (MINUSTAH), passando por Suez, por Angola e
pelo Timor Leste.
Em Solo Pátrio, a Infantaria coopera e coordena
ações com as diversas agências nacionais, em prol da
segurança da população, da preservação dos bens
estratégicos e do desenvolvimento nacional.
Participa ativamente das ações de
Garantia da Lei e da Ordem, do combate a crimes transfronteiriços e ambientais na
extensa faixa de fronteira do território nacional
e da cooperação com a defesa civil em situações
de calamidade pública e de necessidade social.
A Arma que se orgulha de suas tradições é também
vanguarda no emprego de meios modernos e de alta tecnologia agregada,
assumindo participação expressiva na transformação do Exército
por meio dos Projetos Estratégicos de Recuperação da Capacidade
Operacional (RECOP), do Sistema Integrado de Monitoramento de
Fronteiras (SISFRON), e do Projeto Guarani, o qual transformará os
Batalhões de Infantaria Motorizados em Mecanizados, com a adoção
das Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal Média sobre Rodas
(VBTP/MR).
Infantes do Brasil,
orgulhem-se do seu passado de vitórias,
de Guararapes aos Apeninos,
de Montese a Cité-Soleil,
e continuem elevando as tradições
e o espírito imortal da Rainha das Armas,
com o ânimo e o ardor característicos do Pé de Poeira!
Fonte: http://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-do-exercito/-/asset_publisher/MjaG93KcunQI/content/dia-da-infantaria-24-de-ma-1