O uniforme do militar do Exército Brasileiro representa um privilégio exclusivo dos integrantes da Força Terrestre que distingue e identifica o soldado de Caxias por todos os rincões da nação e no exterior. Em todas as situações, a sempre impecável apresentação individual de nossa tropa demonstra o respeito e o amor à farda que veste, o acendrado espírito de corpo e o contagiante entusiasmo pela carreira das armas.
A evolução dos uniformes tem sido fruto de um processo contínuo de aperfeiçoamento e adaptação, cujas raízes remontam à história do País e à necessidade de dotar a Força Terrestre com uniformes mais adequados para o cumprimento de suas funções constitucionais.
No período do Brasil Colônia e Brasil Império, as vestimentas militares traziam características dos exércitos europeus, particularmente de Portugal, inadequados ao nosso clima. Eram confeccionados com tecidos desconfortáveis, de cores marcantes e ainda portavam chapéus e coberturas típicas.
Com o período republicano, os uniformes experimentaram adequações voltadas para incrementar a operacionalidade das tropas e para possibilitar a liberdade de movimentos. As 1ª e 2ª Grandes Guerras Mundiais determinaram a necessidade de fardamentos mais propícios para o combate, tendência que foi determinante para as alterações implementadas no Brasil a partir de então.
Recentemente, foi instituído pela Portaria nº 1.424, de 8 de outubro de 2015, Regulamento de Uniformes do Exército (RUE), o décimo dia útil do mês de agosto, como o “Dia do Uniforme”. O evento se insere nas comemorações de 25 de agosto, o Dia do Soldado, que homenageia a data natalícia do Patrono do Exército Brasileiro – o Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. Essa data deve marcar a necessidade de honrar nossas tradições e cultuar e manter os uniformes sempre impecáveis e em perfeita consonância com a utilização das insígnias, condecorações, distintivos, peças, agasalhos e acessórios.
Enaltecer a farda que nosso Patrono, o Duque de Caxias envergou é dever de justiça para todos os militares da Força Terrestre. Esse é o uniforme que hoje nos distingue, refletindo o bom conceito da Instituição perante a nação e que evidencia a confiança que o País deposita no seu Exército. Como muito bem expressou o Gen Octávio Costa, “a farda não é uma veste que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele, que se adere à própria alma, irreversivelmente para sempre”.